Os séculos XV e XVI foram na Europa um período de descobertas e de procura do do saber:os países ibéricos partem à descoberta de novas terras e novos povos; o homem interessa-se por si e torna-se objecto de estudo e de valorização.
Ao conceber o Homem como centro do Universo e defendendo a sua valorização e dignificação, o movimento de renovação cultural dos séculos XV e XVI apelou para novos valores: o individualismo, o espírito crítico, a tolerância e a curiosidade científica. Embora de forma lenta e inicialmente muito localizada, uma nova mentalidade se impôs nos meios culturais europeus - a mentalidade renascentista. Inicia-se o período do Renascimento.
Alguns importantes conceitos necessários para compreender este período:
Antropocentrismo - considera o homem no centro do mundo, como sendo o mais importante ser da criação.
Humanismo - inspira-se nos modelos greco-romanos e consiste na valorização do Homem e das suas capacidades intelectuais. Criticam a sociedade do seu tempo e os vícios dos poderosos.
Classicismo - valorização da Antiguidade clássica na literatura e nas artes e recuperação dos seus temas e modelos.
Individualismo - Afirmação plena do indivíduo que procura a fama e a glória na sua vida terrena, orgulhando-se das suas capacidades e do seu esforço.
Naturalismo - Observação e estudo da natureza e dos seus fenómenos, incluindo o estudo da natureza humana. Esta valorização da observação e da experiência teve um forte contributo dos portugueses devido às suas viagens de descoberta e permitiu o desenvolvimento das ciências
(Astronomia, Geografia, Matemática, Botânica, Medicina...).
Espírito Crítico - importância dada à Razão que tudo deve explicar e os leva a criticar os abusos do clero e dos senhores.
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